segunda-feira, 21 de setembro de 2015

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

A Morte de Napoleão

Passados seis anos do isolamento em Santa Helena, Napoleão Bonaparte acabou falecendo de uma complicação gástrica não muito bem conhecida na época. Com o passar do tempo, muitos chegaram a sugerir que o estadista sofresse de algum tipo de câncer. No entanto, outros ainda debatiam sobre a possibilidade de Napoleão ter morrido por envenenamento, já que a sua morte poderia sepultar qualquer possibilidade de instabilidade ao tradicional poder monárquico europeu.
Chegando à segunda metade do século XX, cientistas se mostraram interessados em descobrir de que modo o legendário francês havia morrido. Na década de 1960, uma junta de cientistas britânicos conseguiu detectar a presença de arsênico no organismo de Napoleão ao analisar os seus fios de cabelo. Sendo um tipo de veneno muito comum na época, diversas pessoas logo concluíram que os inimigos de Napoleão tramaram a sua morte pela ingestão da substância tóxica.
Passado algum tempo, algumas pesquisas colocaram em dúvida que o envenenamento tivesse ocorrido tendo em vista que diversos remédios dessa época levavam o mesmo elemento em sua composição. Em tempos mais recentes, a teoria de que Napoleão tivesse sido acometido por um câncer acabou sendo comprovada pelas roupas do “pequeno cabo”. Com o passar do tempo, o tumor estomacal diminuiu o seu apetite e, consequentemente, provocou seu emagrecimento.
Ainda não satisfeitos com essa explicação, um grupo de estudiosos da Universidade do Texas se debruçou na busca de uma explicação para o câncer que ceifou a vida de Bonaparte. Tendo provavelmente se desenvolvido a partir de uma úlcera, os pesquisadores norte-americanos concluíram que o câncer foi uma consequência da ingestão regular da ração oferecida aos exércitos franceses no período em que o governo napoleônico se debruçava em guerras.
Geralmente, a comida oferecida nos campos de batalha era farta em carne e outros alimentos conservados com bastante sal. Além disso, era rara a presença de algum vegetal ou fruta que viesse a contrabalancear uma dieta tão calórica. Supondo que Napoleão se submeteu a esse tipo de dieta por um longo período, os cientistas concluíram que o modo de vida alimentar foi o grande “veneno” que determinou a morte dessa figura histórica.

A morte de Napoleão: um mistério que chama a atenção de vários estudiosos

Fonte: http://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/o-veneno-que-matou-napoleao-bonaparte.htm











O Governo dos Cem Dias

Napoleão teve suas forças derrotadas pela coligação europeia no final de sua fase imperial. Com isso, foi obrigado a abdicar e foi exilado na Ilha de Elba devido ao Tratado de Fontainebleau. No entanto, fugiu logo depois. Entrou na França com um exército reconquistando seu poder, mas foi derrotado ao tentar atacar a Bélgica na Batalha de Waterloo. Pela segunda vez foi exilado, dessa vez na Ilha de Santa Helena, no ano de 1815. 
Napoleão abandona a ilha de Elba
Fonte: Imagens do google
Fonte: http://www.estudopratico.com.br/era-napoleonica-consulado-imperio-e-o-governo-dos-cem-dias/

Curiosidades: Transferência da Corte Portuguesa pra o Brasil


O duplo aspecto das guerras napoleônicas – As guerras napoleônicas (1805-1815) apresentaram dois aspectos importantes: de um lado, a luta contra as nações absolutistas do continente europeu e, de outro, contra a Inglaterra, por força das disputas econômicas entre essas duas nações burguesas.

As principais nações continentais - Áustria, Prússia e Rússia - foram subjugadas por Napoleão a partir de 1806, em razão da sua imbatível força terrestre. Entretanto, foi no confronto com a Inglaterra que as dificuldades tomaram forma, paulatinamente, até asfixiarem por completo as iniciativas napoleônicas.

Em 1806, apesar de o domínio continental estar aparentemente assegurado, a Inglaterra resistiu a Napoleão, favorecida pela sua posição insular e sua supremacia naval, sobretudo depois da batalha de Trafalgar (1805), em que a França foi privada de sua marinha de guerra.

Strangford e a política britânica para Portugal – Sem poder responder negativa ou positivamente ao ultimatum francês por ocasião do Bloqueio Continental, a situação de Portugal refletia com toda a clareza a impossibilidade de manter o status quo *. Pressionada por Napoleão, mas incapaz de lhe opor resistência, e também sem poder prescindir da aliança britânica, a Corte portuguesa estava hesitante. Qualquer opção significaria, no mínimo, o desmoronamento do sistema colonial ou do que dele ainda restava. A própria soberania de Portugal encontrava-se ameaçada, sem que fosse possível vislumbrar uma solução aceitável. Nesse contexto, destacou-se o papel desempenhado por Strangford, que, como representante diplomático inglês, soube impor, sem vacilação, o ponto de vista da Coroa britânica.

Para a Corte de Lisboa colocou-se a seguinte situação: permanecer em Portugal e sucumbir ao domínio napoleônico ou retirar-se para o Brasil. Esta última foi a solução defendida pela Inglaterra.

A fuga da Corte para o Brasil – Indeciso, o príncipe regente D. João adiou o quanto pôde a solução, pois qualquer alternativa era danosa à monarquia. 

Afinal, a iminente invasão francesa tornou inadiável o desfecho. A fuga da Corte para o Rio de janeiro, decidida na última hora, trouxe, não obstante, duas importantes conseqüências para o Brasil: a ruptura colonial e o seu ingresso na esfera de domínio da Inglaterra. 

Chegando ao Brasil, D. João estabeleceu a Corte no Rio de janeiro e em 1808 decretou a abertura dos portos às nações amigas, pondo fim, na prática, ao exclusivo metropolitano que até então restringia drasticamente o comércio do Brasil. 



domingo, 13 de setembro de 2015

Guerra da Sexta Coalizão: A queda do Império!

Dentro do mesmo período da Guerra da Quinta Coalizão, ocorreu algo muito importante para o cenário geopolítico napoleônico: com a forçada nomeação de José Bonaparte (irmão mais velho de Napoleão) como Rei da Espanha, iniciou a chamada Guerra Peninsular, na Espanha e em Portugal, entre as forças franceses e a resistência espanhola contra a recém-nomeação.

Assim, Napoleão perdia o seu mais forte aliado na Europa e se via com problemas nos estados germânicos e italianos. Nesse contexto, explodiu a Guerra da Sexta Coalizão.

O avanço inicial francês


Do meio pra o fim de 1812, o Grande Armée (como ficou chamado o corpo de exércitos sob o comando de Napoleão), composto por 650.000 soldados de 20 nações diferentes, falando 12 línguas diferentes; avançou contra a Rússia. 

A primeira grande vitória de Napoleão foi na Batalha de Borodino, quando o General Kutuzov foi encarregado de atrasar Napoleão e reagrupar suas tropas a espera de reforços. Napoleão dispunha de cerca de 160.000 homens, contra 140.000 russos e, sem esperar a chegada de reforços atacou. Causando 45.000 fatalidades ao inimigo e perdendo cerca de 10.000 a mais, Napoleão garantiu o avanço das tropas francesas até Moscou, dali pra frente.

A Batalha de Borodino.
























Moscou como uma cidade destruída e o recuo francês


É interessante citar que essa foi a primeira vez que os russos se utilizaram da estratégia da "terra arrasada". Não foi diferente com Moscou e, quando Napoleão chegou aos arredores da cidade, essa ardia em chamas; sua população e o Czar Alexandre I fugiram. Sem condições de continuar a campanha, diante do rigoroso inverno que estava por vir, Napoleão decide recuar para os estados germânicos, aonde revoltas contra o domínio francês insurgiam fortemente.

No recuo, Napoleão ainda tentou brecar o avanço inimigo na Batalha de Dresden, contra russos, além de prussianos e austríacos que já tinham quebrado a aliança com a frança. Mesmo vencendo a batalha, Napoleão não conseguiu retomar a iniciativa que, daí pra frente, ficaria apenas em mãos dos coalizados.

Apesar da vitória na Batalha de Dresden, contra uma força duas vezes maior, Napoleão apenas atrasou sua derrota definitiva.




























A Batalha de Leipzig (16-19 de Outubro de 1813)

Teve-se, então, a maior Batalha da Era Napoleônica em termos de quantidade de soldados em participação. Também conhecida como "Batalha das Nações", contou com 190.000 franceses contra 430.000 coalizados. Napoleão optou por uma postura defensiva, falhando e perdendo a chance de atacar os pontos mais fracos do inimigo que, com o tempo, foram fortificados. Além disso, o Reino da Saxônia, importante aliado germânico de Napoleão quebrou a aliança, se unindo aos coalizados com mais homens já no decorrer do confronto.

Mesmo conseguindo causar 55.000 casualidades contra os inimigos e perdendo 38.000 homens, Napoleão viu-se cercado pela coalizão. Mesmo assim, conseguiu perfurar o cerco e retornar a Paris. Foram assinados dois tratados, o de Fontainebleau e o de Paris que, entre outros pontos, reduzia a França ao seu território original (anterior a Napoleão) e forçava o ex-imperador a exilar-se na Ilha de Elba, próximo a costa italiana.

A Batalha de Leipzig contou com o maior número de soldados e de nações da Era Napoleônica.

Guerra da Quinta Coalizão: A expansão máxima do Império Napoleônico!

Temos, então, a mais curta das guerras do Império Napoleônico: a guerra da Quinta Coalizão. Desse vez, Reino Unido (que nunca tinha "feito a paz" com Napoleão, depois da Quarta Coalizão), Império Austríaco, Sicília e Sardenha, iniciaram o conflito, em Abril de 1809.

Batalha de Wagram (5-6 de Julho de 1809)


A Batalha de Wagram seria decisiva para a guerra ter se acabado tão rapidamente. Nela 160.000 franceses enfrentaram 150.000 austríacos, nos arredores de Viena. A Batalha foi dura e sangrenta. Os franceses, tiveram 27.500 mortos/feridos, enquanto, a Áustria teve 23.500 mortos ou feridos. Mesmo assim, Napoleão obteve uma grande vitória, conseguindo entrar em Viena, logo em seguida.

Napoleão em Wagram, de Horacio Vernet.































Tratado de Schönbrunn 


Assinado em 14 de Outubro de 1809, tal Tratado punha fim a participação da Áustria na Coalizão, tornando-a aliado formal dos franceses, assim como havia sido em Tilsit com a Rússia. Além disso também cedia as províncias ilírias a França, em sua totalidade. O exército austríaco seria reduzido a 150.000 homens (promessa não cumprida) e Salzburgo e Tirol seriam cedidos ao Reino da Baviera.

O fim da guerra da Quinta Coalizão é considerado o auge do Império Napoleônico, em sua extensão máxima.