domingo, 13 de setembro de 2015

Guerra da Quarta Coalizão: Napoleão avança sobre os estados germânicos!

Após um período ínfimo, deu-se a Guerra da Quarta Coalizão. Tal conflito teria seu estopim na recusa da Saxônia a se unir a recém-criada Confederação do Reno, entretanto, se seguiria, mesmo após solucionado tal impasse. Reino Unido, Reino da Suécia, Império Russo e Prússia (note a ausência da Império Austríaco) uniram-se na Quarta Coalizão, declarando guerra contra a França. A mobilização de forças se deu quase que somente pelo no da Europa Central, nas atuais Alemanha e Polônia.

Batalha de Jena-Auerstedt (14 de Outubro de 1806)


Sendo um dos primeiros movimentos incisivos da guerra, a batalha de Jena-Auerstedt, viria a ocorrer em duas etapas em duas cidades, Jena e Auerstedt (que mantém os mesmos nomes, atualmente na Alemanha). Ambas as forças iniciaram o combate com números relativamente reduzidos: 40.000 franceses, sob o comando de Napoleão, contra 60.000 prussianos. Nos primeiros movimentos o Marechal Michel Ney, sem receber ordens de Napoleão, opta por avançar contra prussianos, quase causando um massacre total de seus comandados. Napoleão envia sua Guarda Imperial, conseguindo retirar Ney do cerco prusso.

No continuar da Batalha Napoleão recebeu mais quarenta mil homens de reforços, conseguindo uma vitória temporária e fazendo os prussianos recuarem até Auerstedt. Aonde, no dia seguinte, os prussianos são novamente derrotados pelas tropas de Napoleão. Com isso, os franceses viriam a entrar em Berlim, entretanto, sem conseguir uma rendição de Frederico III, que se refugiaria em Königsberg, com o apoio dos russos.

Batalha de Friedland (14 de Junho de 1807)


Visando impedir a reunião das forças russas e prussianas, Napoleão ordena o avanço ao leste de 10.000 homens, de forma rápida, enquanto o grosso de seu exército avançaria gradativamente. No dia 14 de Junho, 72.000 russos atacaram as tropas mais avançadas de Napoleão, que conseguiram resistir até a chegada de reforços. Assim, travou-se a Batalha de Friedland, no atual exclave russo de Kaliningrado.

Comandados por Napoleão, 66.000 franceses, sofrendo 8.000 baixas, derrotam os 84.000 russos sob controle do General Levin August, que sofreram entre 30.000 e 40.000 baixas.

Napoleão em Friedland, concedendo ordens ao General Nicolas Davout.






































Tratado de Tilsit 


Com a derrota em Friedland, os russos não mais tinham condições de seguir fazendo frente ao Império Napoleônico, em favor da Prússia. Assim, foi assinado, no dia 7 de Julho de 1807, o Tratado de Tilsit, pondo fim a Guerra da Quarta Coalizão e com os seguintes artigos:

Art.º 1º - A Russia tomará posse da Turquia na Europa e levará as suas conquistas pela Ásia dentro até aonde lhe fizer conta.
Art.º 2º - Cessarão de existir as dinastias dos Bourbon em Espanha e dos Bragança em Portugal: um príncipe da família do Imperador Napoleão, será revestido da Coroa destes Reinos.
Art.º 3º - A autoridade temporal do Papa cessará, e Roma com as suas dependências, será unida ao Reino de Itália.
Art.º 4º - A Rússia obriga-se a ajudar a França em conquistar Gibraltar.
Art.º 5º - As cidades de África, a saber: Tunis, Argel, etc, ficarão possuídas pela França, e depois da paz geral, todas as conquistas que a França tiver feito em África durante a guerra, serão dadas como indemnização aos reis de Sardenha e Sicília.
Art.º 6º - Malta será ocupada pelos franceses e a França jamais fará a paz com Inglaterra sem que ela lhe ceda esta Ilha.
Art.º 7º - O Egipto será ocupado pelos franceses. A França, Rússia, Espanha e Itália terão o direito de navegação no Mediterrâneo - todos os outros serão excluídos.
Art.º 8º - [Não se declara o seu conteúdo.]
Art.º 9º - A Dinamarca será indemnizada no Norte de Alemanha, e nas cidades Hanseáticas se ela ceder a sua Esquadra à França.
Art. 10º - Suas Majestades de França e Rússia, farão um ajuste, pelo qual, nenhuma Potência para o futuro terá direito de fazer navegar embarcações mercantes, excepto mandando-lhes um certo número de navios de guerra.

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