Com a saída do Reino da Sardenha-Piemonte, os franceses na Itália não deveriam estagnar e, sim, continuar o avanço rumo ao Centro-Norte e Nordeste; agora, contra os austríacos. Assim, atravessando o Rio Stura, as tropas de Napoleão iniciaram sua marcha em direção a cidade de Milão.
Johann Peter Beaulieu, responsável pelo comando dos austríacos em Milão, ordenou uma retirada estratégica, antes mesmo que as tropas de Napoleão chegassem, deixando cerca de 10.000 homens e 14 bocas de artilharia guardando sua retaguarda, sob o comando de Karl Philip Sebottendorf. Foram esses 10.000 que confrontaram as tropas francesas na Batalha de Lodi.
Batalha de Lodi (10 de Maio de 1796)
A cidade era fortificada e protegida por quatro bastiões protegidos por fossos. Apesar dessa proteção, as tropas austríacas abandonaram a cidade após a entrada dos primeiros escaramuçadores franceses. Os austríacos atravessaram a ponte sobre o rio Adda e deslocaram-se ao longo de sua margem leste, no sentido norte.
A fama da Batalha de Lodi está relacionada com o avanço da infantaria francesa sobre a ponte do rio, frente ao forte poder de fogo do exército austríaco e à falta de apoio na retaguarda. Napoleão conseguiu motivar os soldados sob seu comando através de discursos patrióticos, o que injetou moral na tropa para enfrentar os inimigos. O avanço da infantaria e da cavalaria francesa fez com que os austríacos recuassem.
Napoleão perdeu cerca de 1500 homens, para 2000 dos austríacos. Apesar da vitória, o grosso do exército austríaco escapou para se unir as principais tropas de Beaulieu.
No dia 14 de maio, porém, Napoleão recebeu uma carta-diretiva do Diretório para que cedesse metade do seus homens ao Exército dos Alpes; para que esses, sob o comando do Comandante Kellermann, pudessem ocupar a Lombardia, definitivamente, e avançar para o sul, tomando os ducados de Toscânia e Parma, para chegarem a Roma e obrigarem o papa a pagar impostos (é importante ressaltar que, nesse momento, a França estava afundada numa crise financeira e ameaçava entrar em bancarrota).
Descontente com a ordem, Napoleão consegue convencer o Diretório a mantê-lo com todo seu corpo de soldados e, em Milão, consegue 800 mil libras de contribuição da população, com as quais paga e reequipa suas tropas; assim como tinha feito na Sardenha. No fim de Junho, já tinha ocupado toda a Lombardia e, voltando-se para Mântua (fortaleza onde Beaulieu tinha se colocado), acaba por violar a neutralidade veneziana.
Quadro de Louis-François Lejeune representando a Batalha de Lodi. Note a figura de Napoleão (no cavalo com pelagem dourado) dando ordens de avanço.
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